A dor é uma experiência subjetiva, que resulta das características dos tecidos lesionados, mas que também abrange outros fatores, como os emocionais, culturais e sociais. Denomina-se dor crônica o conjunto de sintomas que permanecem por mais de três meses, não necessariamente associada a uma lesão orgânica e que pode ter causa indefinida. São alguns exemplos à dorsalgia, lombalgia, bursite e artrose de joelho.
Grande parte da população brasileira sofre de dores crônicas, necessitando de tratamentos multidisciplinares, onde os exercícios regulares e bem orientados constituem um dos principais pilares para a melhora desta condição.
Os exercícios ativos livres e/ou com resistência oferecem relaxamento de estruturas tensas, melhoram a circulação, reduzem edemas (inchaços) e processos inflamatórios, favorecem o alívio de dor e diminui a incapacidade funcional. Além disso, os exercícios liberam no organismo através do sistema nervoso, várias substâncias (opioides endógenos) que são responsáveis pela modulação e controle da dor crônica.
O Pilates como terapêutica do movimento, treina o indivíduo de forma individualizada, respeitando a sua capacidade e trabalhando a sua evolução de forma progressiva. No método podemos experienciar práticas de força muscular, mobilidade articular, flexibilidade, equilíbrio, respiração e consciência corporal. Sendo que atividades aplicadas sob critérios personalizados são essenciais para dessensibilização de áreas dolorosas. Os ensinamentos deixados por Joseph Pilates resultam em uma ótima ferramenta para quebra do ciclo da dor crônica e imobilidade.
Bruna Moreira Cardoso
Fisioterapeuta
